sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Novelas



Ah, o que seria do Brasil sem as novelas?

Eu sinceramente não costumo assistir. De vez em quando dou uma olhada, mas já com isso consigo perceber a idiotice da programação. Não to falando que a novela tem que ser um programa cheio de cultura, assuntos intelectuais, ah, por favor.  A intenção é ser algo mais leve, de fácil entretenimento, já que ninguém é de ferro e precisa de um pouco disso durante o dia (pelo menos eu acho que é essa a intenção).
Só que assim, o conteúdo dessas novelas é algo muito fora da realidade. Tudo bem que tem gente que gosta de assistir e sabe que a vida na verdade não é isso que se mostra na TV, mas a grande maioria é altamente iludida e influenciada pelas novelas! E daí vem o problema: pra que mostrar algo mais inteligente, já que o povo é BURRO e fica maravilhado com a babaquice retratada nas novelas?

Aqui vão alguns exemplos.

Primeiro o que MAIS ME IRRITA: dondocas que passam o dia inteiro vagabundeando, não trabalham, não fazem PORCARIA NENHUMA a não ser esbanjar dinheiro, fofocar, falar mal dos outros, ir a festas. Daí a galera mais ignorante vê e acha LINDO ser fútil desse jeito e acha que dinheiro nasce em árvore e que a vida é fácil assim. Só arranjar um marido rico (ou se endividar). Falando sério, quando que se vê alguém trabalhando em alguma novela? Não é sempre, né...

E pros personagens que trabalham, podem até ganhar um salário mínimo, mas sempre andam com roupas da moda, têm uma casa/apartamento consideravelmente bom, tão sempre bem ajeitados, maquiados, etc. Acho melhor esclarecer: NÃO É TODO personagem pobre que é assim, eu falo “sempre” só pra enfatizar. O fato é que isso acontece bastante, e leva o pessoal a pensar o que? De novo, a vida é fácil, não importa o quanto você ganha, não precisa poupar pra gastar com coisas importantes porque na novela fulana é pobre e tem isso, isso e aquilo. Mais dívidas.

Agora falando mais especificamente de más influências. Pelo o que eu ando percebendo, tem bastante incentivo à “piriguetagem” por aí. A menina, toda atiradinha, com roupas curtíssimas, bem fútil, é mostrada como uma pessoa bonita, charmosa. Agora até a Maria-chuteira... E a mulherada vê e acha lindo! Também teve uma novela em que a guria era cantora de funk, também era vulgar e fazia o maior sucesso por aí. Se achava, era uma celebridade. Pronto, agora é só sair por aí cantando obscenidades, usando shortinho em formato de calcinha e você vai conseguir sucesso e dinheiro fácil!!! (não é porque eu não gosto de funk que eu falo isso, e sim porque as letras das músicas que a personagem cantava eram bem podrinhas mesmo).

Outra coisa que eu acho que mostram bastante é uma certa banalização do adultério, da infidelidade e da instabilidade do casal. Isso é retratado como algo normal, às vezes até como algo bom, legal. Tudo bem que pra ser novela tem que ter alguma confusão assim, mas acho que eles também exageram nisso!

Enfim, eu sei que tem muito mais a se falar, mas foi disso que eu consegui me lembrar agora, acho que já ajudou a explicar o que eu quero dizer. Não tem problema nenhum você curtir a sua novelinha, elas não são de todo o ruim, às vezes também têm bastante coisa boa até. Eu só acho que a mentalidade do povo brasileiro em geral (ou seja, da maioria, não de todo mundo) é muito fraca, e se deixar levar por essa viagem toda é péssimo. Por uma programação de TV aberta com mais qualidade e mais dentro da realidade do nosso país. Já tem bastante coisa não tão boa assim impregnada culturalmente no Brasil, não precisamos de mais incentivos ruins por parte da televisão. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Materialismo




Bom, eu sei que já escrevi um texto sobre futilidade. Mas o materialismo é apenas uma forma de futilidade, e acho que essa parte merece uma atençãozinha especial.

Com a evolução da tecnologia e consequente modernização e globalização da produção, hoje em dia temos enooormes quantidades de produtos, de vários tipos, cores, formatos. Temos também excelentes marketeiros, responsáveis por todas essas propagandas e demais estratégias de marketing. Isso tudo torna o nosso mundo um ambiente mais do que propício ao consumo e ao consumismo. É difícil resistir a tentações que o mercado nos impõe.

O problema se agrava quando toda essa obsessão de comprar, de TER, se instala na cultura da população. E com isso vêm o status gerado pelos bens materiais, passa-se a querer possuir as coisas para impressionar os outros ou se sentir aceito em algum grupo, não necessariamente porque tal objeto ou roupa te traz satisfação pessoal. E sinceramente, isso é uma cultura IGNORANTE.

Não estou dizendo que temos que viver em condições extremas, sem as maravilhas de consumo (que nos facilitam a vida e muitas vezes realmente nos trazem satisfação pessoal) presentes por aí. Inclusive, acho ótimo quando valorizamos o que temos, o que pagamos com nosso dinheiro e nos esforçamos para ter. E todos temos nossos “xodós”, algo material de que gostamos muito. A questão é não deixar que os bens materiais sejam mais importantes do que as pessoas que somos. Eu sei que esse papo já é velho e que “todo mundo” fala isso, mas eu infelizmente não vejo nenhuma mudança. Muito papo, pouca atitude, aquela história de sempre. Mas esses dias eu tive um pensamento que me fez refletir um pouco mais sobre esse tema: “eu gosto mais das coisas que sou capaz de fazer do que das coisas que sou capaz de comprar”. Cara, é MUITO BOM poder dizer isso, e seria ótimo se todos pudessem (inclusive os ricaços, isso não é necessariamente uma questão de poder aquisitivo). Quero dizer, pense um pouco: se você perdesse todos os seus bens, ainda teria algo a oferecer? Os outros continuariam a falar com você, pela boa pessoa que você é? Quais são os seus valores e suas habilidades?

Agora pensem mais. Vocês provavelmente têm um melhor amigo, ou vários, ou pessoas de quem gostam muito. Pensem nessas pessoas. Por que vocês gostam delas? Quais são as melhores características dessas pessoas, as qualidades que fazem com que vocês gostem delas? Aposto que a palavra “dinheiro” ou “coisas legais que ele/ela possui” não apareceram nas respostas. É um exercício simples, mas nos ajuda a ver por que o materialismo é algo tão estúpido.

Então deixo dito: Se for adquirir algum produto, que seja para VOCÊ, e não para os outros (pense: se ninguém pudesse saber que você tem tal coisa, ainda assim compraria?). E, antes de querer TER coisas legais, tente SER alguém legal sem essa “ajuda”.

E digo também: por um mundo onde as pessoas fiquem mais empolgadas com o conhecimento, com as riquezas culturais e com o ser maravilhoso que os humanos podem ser do que com o lançamento do novo iPhone. Acho que isso resume minha ideia.

sábado, 15 de setembro de 2012

Não levem as coisas tão a sério



É estranho dizer isso em um país onde as coisas precisam ser levadas mais a sério. A questão é: o que precisa ser levado a sério são as coisas importantes. Digo isso porque eu percebo que, cada vez mais, o pessoal anda implicando com coisas irrelevantes, desnecessárias. Parece que não têm problemas o suficiente e precisam criar mais alguns. Têm uma sede de barracos, discussões, confusões. Estão cada vez mais perdidos, confusos, estressados, ofendidos. Supervalorizam intriguinhas, criticam tudo ao redor, metem processo no que não agrada.

Para ter uma ideia melhor, vou dar alguns exemplos.

Preconceito: Sim, infelizmente ainda existe MUITO preconceito por aí, mas existem também pessoas que veem preconceito, discriminação e ofensa em TUDO. Você não pode ter um amigo negro, chegar pra ele na melhor das intenções e dizer “E aí, neguinho, tudo bem?”, porque vai haver alguém fazendo um escândalo do tipo “Isso é preconceito, todos nós somos iguais, você não tem o direito de discriminar blá blá blá”. Você pode até ser preso, e nem sequer estava querendo ofender, porque é seu amigo e você sabe que ele não se incomoda com isso, até vê um certo carinho. Mas não, isso é um absurdo, é preconceito. Ou então, se você falar “nossa, isso é muito gay!” perto de um homossexual, enquanto aquelas mesmas pessoas vêm com o papo de igualdade e respeito, o homossexual provavelmente vai dizer “é verdade, isso é muito gay”. Obviamente há muitos casos de real ofensa, falta de respeito e discriminação, mas também não dá pra levar tudo a mal! (espero que eu tenha conseguido me explicar)

Meter processo: Hoje em dia parece que é moda meter processo em tudo! Claro que muitas vezes é preciso fazer isso, mas algumas situações poderiam ser resolvidas simplesmente com um bom diálogo. Por exemplo, meter processo em professor por “desrespeito” ou “agressão” ao aluno. Na maioria das vezes o aluno é um filhinho de papai que fez algo errado, levou uma bronca e não gostou. Daí o papaizinho, em vez de tentar saber a real história e tentar conversar com o professor sobre isso, vai lá e enche o docente de desaforo, porque ninguém mexe com o seu filhinho. E dá-lhe um processo.  Isso vale também para situações de “mal entendido” que se transformam em ofensas, agressões e injustiças dignas de serem levadas ao tribunal.

Sociedade injusta: Ai, essa sociedade, só te julga. A escola te julga, o trabalho te julga, o facebook te julga, o tumblr te julga, o teu peixe de estimação te julga. Mais uma vez, o que eu quero mostrar é o “porém”: Sim, as pessoas adoram criticar, julgar, falar mal, PORÉM não é TODO MUNDO que não tem nada pra fazer a não ser isso! Essa história de “todo mundo me julga, ninguém me entende” já tá enchendo o saco. Não fiquem generalizando desse jeito, encontrando julgamento em lugares tão nada a ver. Há a necessidade de se fazer de coitadinho ou mostrar sua revolta, mas não exagerem, né.

Brigas: “Fulana foi super escrota, você viu o jeito debochado dela? Não falo mais com ela.”. “Odeio esse cara, falou mal do meu ídolo no twitter, vou xingar muito”. “Essa guria é ridícula, viu o comentário que ela postou? Depois ainda veio me dar oi, toda falsa, nem respondi”. Parece que as pessoas (principalmente os adolescentes, pré-adolescentes e crianças) têm uma necessidade de criar briguinhas, ficar emburradas com alguém, não falar mais com a pessoa. E muitas vezes a tal pessoa nem tinha a intenção de ser escrota, ridícula, debochada, etc. ou de xingar e ofender. E às vezes são coisas tão pequenininhas... Mas pra que ignorar tal irrelevância ou conversar civilizadamente com o sujeito, para resolver a situação? O melhor é xingar, odiar, brigar. Ah, isso não é ser ridículo, tá?

Irritações: É impressionante como alguém consegue se irritar com tão pouco. Pode ser com o jeito de uma pessoa, com algo que não saiu perfeitamente do jeito que se queria, com algum comentariozinho bobo. E precisam mostrar sua irritação para todos, isso é muito importante.

Agora, sinceramente, vocês acham isso saudável? Acredito que o ser humano precise aprender a viver com um pouco mais de harmonia, tranquilidade. Levar as coisas mais na boa, não sair por aí criticando tudo, se ofendendo e se irritando com qualquer coisa. É importante manter um equilíbrio, então, neste caso, seria bom acrescentar à vida maiores quantidades de serenidade e paciência. Senão acabaremos enlouquecendo!

Deu pra perceber que as situações que eu expus são quase sempre relativas, no que se refere à ofensa ou à necessidade de serem encaradas com mais seriedade. Então, acho que a melhor coisa que eu posso dizer é: usem o BOM SENSO.

E, mais uma vez: não levem as coisas tão a sério! (:

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Futilidade




Se tem algo que eu DETESTO é futilidade.

Primeiramente, todos nós fazemos, lemos, assistimos coisas fúteis. Isso é normal, a gente precisa de uma cultura inútil de vez em quando, senão iríamos enlouquecer! É uma distração, é saudável até certo ponto.

Até certo ponto. Isso porque tem gente (muuuita gente) que é fútil o tempo inteiro. É horrível ter que conversar com essas pessoas quando não se tem muita paciência, porque essa gente certamente aparentemente só sabe falar sobre roupas (e compras em geral), novela, festa, bebedeira, vida de celebridades, peguetes, academia. Ah, quase me esqueci de que falar mal dos outros também entra na lista e é ponto importante! Só pra esclarecer, eu estou falando de uma maneira geral, nem tudo aí é sempre futilidade.

O engraçado é que essas pessoas geralmente são aquelas que odeiam estudar e odeiam trabalhar, só sabem que querem ser ricas e ter tudo o que quiserem. Não têm perspectivas de futuro, não conseguem ver como é boa a sensação de aprender e fazer alguma coisa. Enfim, são uns inúteis e parasitas, pois normalmente dependem de alguém para fazer suas vontades. Correr atrás que é bom, nada.

Mas voltando às conversas dessas pessoas. Não dá pra querer falar sobre um assunto um pouco mais culto, porque elas não vão entender ou vão ficar entediadas logo. E se você fizer isso, a pessoa talvez fale algo idiota que provavelmente vai fazer você se irritar. Não dá pra perguntar sobre planos para o futuro, por exemplo, sobre o que a pessoa pretende fazer da vida, porque ela não quer estudar, trabalhar, não quer fazer nada. Se você for insultado, não adianta querer fazer alguma defesa inteligente ou querer argumentar, porque o sujeito não vai entender e vai falar outras bobagens achando que tem razão e está te detonando.

E o pior de tudo é que é dessa gente que a maioria das pessoas gosta! Ou pelo menos é o que demonstram. 
Acham lindo quando os fúteis vêm com suas típicas futilidades, aplaudem as merdas que eles fazem, curtem as frases toscas que postam no facebook. EU NÃO CONSIGO ENTENDER ISSO! Ou na verdade existem mais pessoas fúteis do que eu imaginava (que já eram muitas)? Me sinto sufocada, socorro.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Uma reflexão sobre o estudo de línguas estrangeiras




Essa é pra quem gosta de aprender línguas estrangeiras, ou pelo menos tem interesse. Primeiramente, essa 
gente provavelmente sabe como é boa a sensação de saber outro idioma. Você entra em outro mundo, e quando isso acontece, pensa naqueles que não falam essa língua que você estuda e pensa “vocês não fazem ideia...”.

Mas não é só o fato de saber outra língua que é legal. O próprio estudo dela é interessantíssimo. Isso porque nos deparamos com gramáticas diferentes, pronúncias diferentes, expressões diferentes. Até que chegamos ao ponto de pensar na outra língua, isto é, pensar em inglês, japonês, italiano, etc. O cérebro automaticamente formula as frases ou ideias naquela língua sem que você precise primeiro pensar em português e depois traduzir. Ah, acho que vocês me entenderam...

E é por causa desses aspectos diferentes entre os idiomas que as traduções são tão complexas. Não se deve traduzir um texto ao pé da letra (vulgo jogar no Google tradutor), pois, mesmo que o seu sentido geral seja captado e boa parte dele seja corretamente traduzida, pode haver alguns trechos com sentido alterado, o que pode comprometer posteriores interpretações. Fazendo um comentário, eu sou uma pessoa que já se irritou MUITO com o Google tradutor. Até mesmo coisas simples receberam traduções péssimas. Portanto, só o utilize em último caso, ou se você não entende o idioma.

Enfim, voltando à complexidade das traduções. Você pode até imaginar: mas e se eu pegar um dicionário e sair traduzindo palavra por palavra, mesmo que isso demore? Não é bem assim que funciona. É preciso que você tenha pelo menos um pouco de conhecimento sobre a língua para fazer isso. Você provavelmente não irá encontrar verbos conjugados ou algumas palavras grandes (que se formaram da junção de duas ou mais) no dicionário. E as expressões, que, tendo suas palavras traduzidas separadas, têm um sentido, mas, no todo, têm outro sentido? E os graus comparativos de adjetivos? E a ordem das palavras na construção das frases, que pode ser diferente do português, dependendo da língua? E os falsos cognatos, que podem fazer com que você dispense o dicionário e acabe cometendo um engano? Isso sem falar nas particularidades de cada idioma. Por exemplo, há substantivos cognatos que mudam de gênero, em comparação com o português. Você não pode ver “la leche” e traduzir “a leite” (pode parecer algo absurdo, mas vai que a pessoa pense em “a” como preposição). No alemão, há verbos que se “desmontam”, por exemplo, na frase “Ich fange jetzt an” (eu começo agora), você procura no dicionário “fangen” e descobre que significa “pegar, apanhar”. Então faz uma tradução errada, pois você deveria ter procurado o verbo “anfangen” (começar).

São apenas exemplos mostrando que fazer uma boa tradução não é algo tão simples assim. Dicionários e tabelas de conjugação são ferramentas muito úteis, mas é necessário saber utilizá-los. Para isso, é preciso ter um certo conhecimento da língua. E para aprender um novo idioma, é necessário esforço, dedicação e prática.

E é levando em conta todo esse estudo e dedicação de quem aprende línguas estrangeiras que eu fico muito indignada quando aparece alguém que acha ou diz que fala tal idioma, mas não fala p*rra nenhuma. Tipo aquela história de “Ah, eu falo espanhol. Nunca tive aula, mas é fácil, é igual ao português”. Cara, DEIXA DE SER IGNORANTE! Pode até ter semelhanças, mas você seria capaz de escrever ou falar algo que gramaticalmente está correto e faz sentido? Ou então o inglês. Não é só porque essa língua está em todo lugar e que “todo mundo” sabe que você automaticamente também fala. Você pode até aprender com músicas, filmes, seriados, sites em inglês, etc., mas é a mesma história de conseguir falar e escrever corretamente. Falando sério, não menosprezem o estudo! Inclusive na internet há váááários conteúdos que podem ajudar no aprendizado, e hoje em dia o ensino da língua inglesa está cada vez mais presente nas escolas. Então aproveitem! Aliás, aproveitem sempre que houver a oportunidade de aprender uma nova língua. Volto a dizer, além de útil e “bom pro cérebro”, a sensação é ótima!

E vocês, o que pensam a respeito?

sábado, 1 de setembro de 2012

O Assassinato da Língua Portuguesa


Não, eu não escrevo tudo certo, nem de longe. Inclusive, alguns erros são propositais, já que eles fazem parte da linguagem coloquial. E outros, bom, vamos admitir a complexidade da língua portuguesa, então sempre há dúvidas, às vezes até mesmo para professores, estudantes da língua e escritores. 

Só que alguns erros são forçantes, digamos assim. Pode até parecer algo normal e inofensivo, podem dizer que ficar reparando no jeito que os outros escrevem é coisa de gente chata e certinha que não tem nada para fazer. Mas, na verdade, é bem PREOCUPANTE a quantidade de coisa errada que aparece por aí.

Por exemplo, eu acho um absurdo que as pessoas não saibam a diferença entre “mas” e “mais”. E é um dos erros mais comuns! Outro campeão é o “concerteza”. Ah, COM CERTEZA você vai achar uns quantos no seu facebook. E falando em facebook, que tal aquele sujeito que se acha pra caralho colocando alguma frase do tipo “blábláblá eu faço o que eu quizer”. Seria tão legal se voçê quiSesse ler um livro. Opa, tem um “voçê” ali no meio. Não sei se eu rio ou se choro quando vejo que alguém não sabe que ç só se usa antes de A e O.

E o “tudo haver”, que não tem nada a ver com o verbo haver.

Sobre a gente e agente eu nem comento.

Pessoas que realmente me incomodam quando se desculpam pelo encômodo.

Quando alguém escreve “não poço fazer isso”, o que eu posso dizer? Se atira num poço, talvez. (colocação pronominal errada propositalmente, antes que alguém venha criticar).

É, de fato, bem engraçado quando alguém acha algo ingrassado, e uma palhaçada quando há uma palhasso por perto.

“ah, eu sou meia louca mesmo”. É uma nova expressão? Eu pelo menos nunca vi um par de meias loucas.

“Tem que ter menas pessoas malvadas no mundo”. E menos pessoas que escrevem errado.

Quem gosta de converçar e mecher nas coisas dos outros mexeu com a pessoa errada. Vamos ter uma conversinha.

Tá, já chega. Deu pra perceber a gravidade da situação, né. Se você acha que eu to inventando esses erros, saiba que eu não teria tanta criatividade. E se você acha normal escrever desse jeito, olha, é melhor começar a fazer o uso de um dicionário. Não precisa comprar, tem uns quantos dicionários online. Ou então você pode simplesmente fazer o uso do Word ou até do Google pra saber como se escreve certo (: MAS NÃO 
COMETA MAIS ESSES ERROS, PELO AMOR DE DEUS.

Aos que, de vez em quando, assim por causa de uma pequena distração, escrevem algo errado, do tipo que eu citei acima: relaxem, estão perdoados. Ninguém é de ferro, não é mesmo? A mijada vai para aqueles que escrevem SEMPRE desse jeito ou até pior.

Outra questão, que não se trata necessariamente de erros ortográficos ou gramaticais, é a preguiça que o pessoal tem na hora de escrever. O que custa fazer uma devida pontuação e acentuação??? Mesmo na internet, onde grande dedicação à escrita geralmente é poupada, é péssimo ter que ler algo do tipo “eu gosto de batata mas nao e muito saudavel comer batata frita eu acho que a gente tem que comer coisas saudaveis sim so que as vezes da pra comer coisas que gostamos caso a gente tenha moderaçao”.

 “Quer mudar o mundo? Comece arrumando o seu quarto”. Quer ser alguém na vida, tentar ser o dono da verdade ou pelo menos ser levado a sério por pessoas sérias? Então é legal saber se expressar. Para isso, comece aprendendo a escrever direito. Ou se você não possui nenhum desses objetivos na vida, pelo menos pense um pouquinho nos outros... Pode ser bem desagradável ter um ataque cada vez que se veem vestígios do assassinato da língua portuguesa causado por você.